este é o link: http://www1.unimed.com.br/nacional/bom_dia/saude_destaque.asp?nt=15399
e seu conteúdo....
Proteína pode ajudar a detectar pressão alta
Brasileiros estão pedindo a patente de um marcador que foi localizado na urina
LUCIANA MIRANDA
LUCIANA MIRANDA
Pesquisadores brasileiros estão requerendo patente sobre o uso do que pode ser um marcador de hipertensão, uma das enzimas conversoras de angiotensina (ECA), proteínas que atuam nos mecanismos de dilatação e contração dos vasos sanguíneos. A patente protege também a técnica que pode permitir, no futuro, o desenvolvimento de kits de teste para saber quem está predisposto a ter a doença. A patente também será solicitada nos Estados Unidos, na Europa e no Japão.
Enquanto cientistas do mundo todo corriam atrás de marcadores para hipertensão, as primeiras descobertas nasceram aqui mesmo no Brasil. A primeira fase de estudos, realizados por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo em cooperação com o Instituto do Coração (Incor), mostra evidências sugestivas de que a ECA com peso molecular de 90 kDa (quilodáltons, unidade de massa atômica) pode ser um marcador eficiente para hipertensão. A enzima é detectada por meio de exame de urina.
"Levei 20 anos para chegar a essas evidências", afirma a bióloga molecular Dulce Casarini, da Unifesp, que descobriu a variedade de 90 kDa da ECA em 1982. De lá para cá, a pesquisadora duvidou muito de seus achados e insistia nos testes. Depois de fazer estudos em ratos, Dulce analisou a urina de 1.500 pessoas hipertensas e de 550 com pressão normal.
O cruzamento dos dados dos testes com ratos e das análises em seres humanos mostra que a ECA 90 kDa está sempre presente na urina de quem é hipertenso ou desenvolveu a doença algum tempo depois do exame. Quem não tinha a ECA 90 kDa não se tornou hipertenso.
Mais testes - Os pesquisadores estão agora na segunda fase dos estudos que pretende comprovar geneticamente os achados. O médico José Eduardo Krieger, diretor do Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do Incor, explica que famílias com hipertensos serão acompanhadas para verificar se tanto a doença quanto a ECA 90 kDa são herdadas juntas ao longo das gerações. Também serão avaliados grupos maiores de pessoas de diferentes idades, sexo e raças.
Se as primeiras evidências foram confirmadas, os kits para detectar quem tem predisposição a ficar hipertenso terão grande valor comercial, já que possibilitarão a prevenção mais eficaz da doença. Isso porque a pessoa com o marcador terá uma prova concreta de que deve mudar seus hábitos alimentares, perder peso, fazer exercício físico, parar de fumar ou de tomar anticoncepcional.
Para o nefrologista Odair Marson, da Unifesp, ter a possibilidade de mostrar às pessoas um dado objetivo que revele sua predisposição para a hipertensão pode ajudar a convencê-la sobre a importância de mudar hábitos. "Quando as pessoas chegam ao consultório já estão com a doença avançada. Depois de um ano, só 20% estão seguindo o tratamento e com a pressão controlada."
Fonte: O Estado de São Paulo - São Paulo/SP
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